O
totalitarismo é um sistema político no qual o poder fica concentrado na mão do
governante, não abrindo espaço para a democracia nem qualquer partido de
oposição. O líder é quem toma todas as decisões e decreta leis.
As
características comuns dos governos totalitários são: o nacionalismo (a nação
representa a prioridade da sociedade), o coletivismo (todos trabalham juntos
para a construção do país), o militarismo (a guerra e a expansão salvam,
regeneram e criam prosperidade), o anticomunismo (comunismo não era aceito como
regime político), o antiliberalismo (culpavam o liberalismo pela crise e quebra
econômica), o autoritarismo (fechamento político sob o controle do governante);
a repressão, a censura, e a propaganda como forma de culto ao líder; e o
expansionismo territorial.
O
totalitarismo foi impulsionado na Europa pelos gastos na Primeira Guerra Mundial
e todo seu prejuízo, juntamente com a crise econômica que ocorria na Europa e
nos EUA. Além disso, os partidos totatilaristas de extrema direita queriam
frear a influência socialista na Europa. A Itália de Mussolini e a Alemanha de
Hitler foram nações totalitaristas, além da Espanha Franquista e do Salazarismo
em Portugal. Neste
artigo será tratado especificamente do nazismo alemão e do fascismo italiano.
O Fascismo
Representado
por Benedito Mussolini, o fascismo nasceu na Itália em 1919. O termo deriva de fascio - nome do grupo político que
surgiu na Itália no fim do século XIX e começo do século XX. O partido fascista
italiano foi conhecido como milícia dos Camisas Negras e seu ascendência
ocorreu com o discurso anticomunista , apoiado pela burguesia e classe média
majoritárias.
Cartaz fascista. “Fascismo: um estilo
de vida ontem, hoje, amanhã, para a honra da Itália”
Em
1922, ocorreu a “Marcha sobre Roma” – manifestação fascista com característica
de golpe de Estado. Mussolini se tornou o Primeiro-Ministro da Itália,
alcançando a maioria parlamentar e, consequentemente, poderes absolutos no
governo do país.
Durantes
as eleições de 1924, os representantes políticos fascistas eram a maioria no
parlamento. Os socialistas denunciaram a estratégia antidemocrática fascista,
pois estavam inconformados com as fraudes eleitorais e corrupção política, e receberam
como resposta o assassinato de Giacomo Matteotti, socialista, por partidários
fascistas.
Em
1925, Mussolini se declarou Duce da Itália, assegurando o fechamento do Estado
fascista, implantando o totalitarismo como sistema político da Itália.
Com
o Tratado de Latrão, ficou acordado entre os Estados Italianos e o Vaticano a
neutralidade e ausência do Vaticano nas decisões da Itália sobre a guerra e o
Estado fascista. Tendo o Estado fascista como aliado, a Igreja poderia
converter os italianos em fiéis com mais facilidade, ampliando a influência do
fascismo na sociedade. A falência da Igreja também era algo preocupante e ponto
agravador para que o tratado fosse assinado. Sendo assim, a Itália reconheceu a
soberania e a independência do Estado do Vaticano. O novo Estado Teocrático
reconheceu Roma como território italiano.
O modelo econômico adotado pelo fascismo foi eficiente na modernização da economia industrial e na diminuição do desemprego. Junto com o nazismo e o fascismo japonês, o fascismo italiano fez parte da aliança chamada de Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, onde sob a organização militar e nacionalista, objetivavam o expansionismo militar para o domínio imperialista.
O modelo econômico adotado pelo fascismo foi eficiente na modernização da economia industrial e na diminuição do desemprego. Junto com o nazismo e o fascismo japonês, o fascismo italiano fez parte da aliança chamada de Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, onde sob a organização militar e nacionalista, objetivavam o expansionismo militar para o domínio imperialista.
Assinatura do Tratado de Latrão
O Nazismo
A
Alemanha se encontrava no período entre guerras totalmente humilhada pelo
Tratado de Versalhes – tratado assinado pelos países vencedores da Primeira
Grande Guerra, onde a Alemanha assumiu a responsabilidade pela guerra e foi
obrigada a cumprir severas exigências políticas, econômicas e militares. Toda
essa humilhação gerou no povo alemão o sentimento de revanchismo que
impulsionou a Segunda Guerra Mundial.
Em
oposição ao regime dos Kaisers, a República de Weimar (1918/1923) surgiu na
Alemanha como solução para as crescentes dificuldades em superar as imposições
do Tratado de Versalhes. O governo era parlamentarista democrático, onde o
presidente nomeava um chanceler que se tornava responsável pelo poder
executivo, enquanto o parlamento ficava com o poder legislativo.
No
ano seguinte ao da criação da República de Weimar foi fundado em Munique o
Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores (inspirado no partido fascista de
Mussolini) que ganhou adeptos com suas propostas e com a criação da polícia SA
– Seção de Assalto os chamados camisas pardas.
Os
trabalhadores do Vale do Ruhr iniciaram greves em 1923 em oposição à exploração
do trabalho, em um acordo imposto pelos franceses no Tratado de Versalhes. O
governo alemão apoiou os trabalhadores, mas também não desrespeitou o acordo
com a França e emitiu um número elevado de moedas gerando uma inflação no país.
Neste mesmo ano, o partido nazista tentou um golpe fracassado para assumir o
poder.
Com
a morte do presidente Hinderbug, Hitler assumiu o cargo máximo no governo, sem
deixar seu antigo cargo, criou o Terceiro Reich e se autoproclamou Führer. O
nazismo alemão foi implementado na Alemanha e com ele teve inicio a
perseguições e execuções de milhares de judeus, homossexuais, comunistas,
negros e outros que fugissem ao conceito de “raça ariana”, onde os descritos
como impuros eram presos e levados a campos de concentração para serem
exterminados. O Holacausto, descrito como um massacre em massa nos campos de
concentração marcou a ação dos nazistas contra as raças ditas impuras durante a
Segunda Guerra Mundial, mas as perseguições na Alemanha Nazista foram
legitimadas em 1935 com as Leis de Nuremberg ligadas à questão racial, e que
oficialmente tinham o nome de Lei de Proteção do Sangue e da Honra Alemã. Esta
lei foi assinada no dia 15 de setembro de 1935 e visava garantir a pureza
racial da população alemã. Segundo os nazistas, a mistura de raças criava
indivíduos inferiores tanto fisicamente como também intelectualmente. Desse
modo, foi proibido o casamento de indivíduos de raças diferentes (principalmente
entre alemães e judeus). Além dos judeus, outras raças também eram mal vistas
na Alemanha nazista como os ciganos, os eslavos, negros africanos etc. Os
indivíduos que fossem casados com pessoas de raças diferentes,
obrigatoriamente, deveriam se separar. A simples relação sem casamento entre
raças diferentes também era proibida.
A grande massa aderida ao nazismo
A
propaganda política do cineasta, agitador e orador Joseph Goebbels foi
extremamente importante para a propagação do nazismo. Além da censura, Goebbels
fazia filmes que alienavam a população e garantia o culto ao líder estimulando
o nacionalismo.
Soldados alemães formam, desenhando a
suástica
Foi
criada a SS – Seção de Segurança -, que dava apoio aos camisas pardas (SA).,
que correspondiam à polícia política, treinada, disciplinada e fiel ao Führer.
A Gestapo era responsável pela perseguição e cassação de possíveis subversivos
ao regime, sendo a polícia secreta do governo.
Texto escrito por Mariana
Meireles
APROFUNDANDO OS ESTUDOS: QUESTÕES DE
VESTIBULAR
1) (UFSC) - Os regimes totalitários, que polarizaram a política europeia no período entre-guerras (1919-1939), apresentam muitos aspectos comuns, conservando cada um suas peculiaridades. Assinale os aspectos que caracterizam o nazismo.
GABARITO:
1) (UFSC) - Os regimes totalitários, que polarizaram a política europeia no período entre-guerras (1919-1939), apresentam muitos aspectos comuns, conservando cada um suas peculiaridades. Assinale os aspectos que caracterizam o nazismo.
(01) Ocorreu na Alemanha
(02) Racismo
(04) Anti-semitismo
(08) Internacionalismo
(16) Antimarxismo
(32) Ocorreu na Itália
SOMA: ( )
2) (UNITAU) O nazismo e o fascismo surgiram:
a) do desenvolvimentismo de partidos nacionalistas, com pregações a favor de um Executivo forte, totalitário, com o objetivo de solucionar crises generalizadas diante da desorganização surgida após a Primeira Guerra Mundial;
b) da esperança de conseguir estabilidade com a união das "doutrinas liberais" de tendências individualistas;
c) com a instituição do parlamentarismo na Itália e na Alemanha, agregando partidos populares;
d) com o enfraquecimento da alta burguesia e o apoio do governo às camadas lideradas pelos sindicatos socialistas;
e) do coletivismo pregado pelos marxistas.
3) (FUVEST) A ascensão de Hitler ao poder, no início dos anos 30, ocorreu:
a) pelas mãos do Exército Alemão, que quis desforrar-se das humilhações impostas pelo Tratado de Versalhes;
b) através de uma ação golpista, cuja ponta da lança foram as forças paramilitares do Partido Nazista;
c) em consequência de uma aliança entre os nazistas e os comunistas;
d) a partir de sua convocação pelo presidente Hindenburg, para chefiar uma coalizão governamental;
e) através de uma mobilização semelhante à que ocorreu na Itália, com a marcha de Mussolini sobre Roma
GABARITO:
1- 1 + 2 + 4 + 16 = 23
2- A
3- D
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