Imagem do rei da França Luis XIV, conhecido como Rei Sol pela grande concetração de poder. |
A
Idade Moderna iniciou-se em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos e
estendeu-se até 1789 com o início da Revolução Francesa. O século XV marcou uma
nova fase do processo histórico da Europa Ocidental, onde uma nova ordem
socioeconômica teve inicio: o Estado Moderno e o mercantilismo, o alicerce do
capitalismo comercial. A nobreza mantinha as “aparências” de poder por causa das
terras e títulos sociais. Já a burguesia, mesmo com a prosperidade do comércio,
não conseguia ser ascender a condição de classe dominante junto a aristocracia.
COMO SE FORMOU O
ESTADO MODERNO?
O
Estado Moderno se desenvolveu a partir da noção da soberania, ou seja, o
soberano (rei absolutista) tinha o direito de consolidar suas decisões perante
seus súditos (ou governados).
Para
que o rei obtivesse o controle político, o Estado desenvolveu vários meios para
centralizar a política. Alguns desses meios foram: 1) a burocracia: funcionários
que cumpriam ordens do rei e desempenhavam as tarefas de administração pública.
Estes cargos eram ocupados pela nobreza palaciana e pela alta burguesia; 2)
poder militar, que incluía toda as forças armadas, como a marinha, o exército e
a polícia civil, para assegurar a ordem pública na sociedade e o poder do
governo. 3) centralização política e a legislação nacional, 4) sistema
tributário, um sistema de impostos regulares e obrigatórios para manter o
governo e a administração pública, 5) idioma oficial, que se referia a um mesmo
idioma falado em todo território do Estado, que transmitia as leis, ordens e
tradições da nação , além de valorizar seus costumes e cultura, 6) moeda comum,
que auxiliou o fortalecimento do comércio interno.
O ABSOLUTISMO:
Conhecido também como Antigo Regime, o
Absolutismo foi um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países
da Europa.. No final da Idade Média, ocorreu uma forte centralização política
nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois
interessava a ela um governo forte e capaz de organizar a economia e o comércio
através da proteção das mercadorias nacionais e da criação de uma meda comum. A
burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram
um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando
a segurança dentro de seus reinos. Nesta época, o rei concentrava praticamente
todos os poderes. O clero e a nobreza apoiaram o rei no processo de
centralização como forma de manter-se no poder diante da crise do sistema
feudal. Para tal, o rei passou a adotar poderes quase absolutos, ganhando o
título de representante de Deus na Terra através do direito divino concedido
pela Igreja.
O
rei criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade, além de impostos,
taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos
religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões. Todos
os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos,
principalmente, pela população mais pobre, que era submissa diante de uma
sociedade composta por hierarquias e sem mobilidade social. Os reis usavam a
força e a violência dos exércitos para reprimir qualquer movimento contrário
aos interesses ou leis definidas pelos monarcas absolutistas.
O MERCANTILISMO.
O
Mercantilismo tem como característica principal a intervenção do Estado na
economia para ampliar a riqueza nacional, o que determinava um acumulo de
riquezas muito grande ao rei absolutista. Para obter riquezas o Estado
implementava algumas medidas, tais como:
1) Metalismo:
Busca por ouro e prata. O acumulo de metais
precisos trazia a riqueza imediata ao Estado.
2) Industrialização:
O
rei estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o
produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros
agrícolas exportar manufaturas era certeza de bons lucros.
3) Protecionismo
Alfandegário:
Os
reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos
vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar
a saída de moedas para outros países.
4) Pacto
Colonial:
As
colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma
garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não
encontrados na Europa.
5) Balança
Comercial Favorável:
O
esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais
moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.
6) Monopólio:
Controle
do monarca absolutista sob todas as relações econômicas estabelecidas no
Estado.
7) Expansão
Marítima:
Busca
de novas rotas comerciais pelo oceano Atlântico com o objetivo de chegar à Índia
para dominar o comercio de especiarias, além do desejo de dominar novas terras,
e achar ouro e prata.
Texto escrito
por Julia Andreza
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